sexta-feira, 18 de março de 2011

Bem-estar a cada 24h

Texto Patricia Galleto | Adaptação Thales Bormann (estagiário) | Fotos Mônica Antunes | Produção Cristiane Alberto / Fonte: http://portaldecoracao.uol.com.br

Como fazer do lar um lugar verdadeiramente renovador de energias? Estudiosos de diferentes áreas apontam que ambiente e indivíduo se influenciam mutuamente. Então, aproveite todo o seu poder transformador para criar em casa espaços de bem-estar em quatro períodos do dia.

Comece bem o dia

É hora de acordar o corpo. Para um dia repleto de energia, nada melhor do que um bom café da manhã sem pressa. “É muito importante que as pessoas se sentem à mesa. Comer em pé é falta de respeito com você mesmo. Ponha a mesa e sinta-se merecedor de uma refeição especial, nem que para isso seja necessário acordar meia hora mais cedo”, recomenda a terapeuta ambiental Sil Berti.

Para quem tem dificuldade de acordar, a dica é borrifar uma fragrância cítrica na cozinha, como a essência de limão. Já para pessoas que acordam mais irritadas, os aromas de lavanda, capim-limão ou camomila (pode ser do próprio chá) são mais indicados. Segundo a terapeuta, as laranjas simbolizam o sol e as flores amarelas alegram o ambiente e ajudam a despertar.

De modo geral, frutas à mostra deixam a cozinha mais agradável, desde que elas não tenham passado do ponto. Não é recomendável colocar alimentos muito próximos a equipamentos que emitam carga elétrica, como em cima da geladeira ou do micro-ondas. O arquiteto de interiores Ricardo Caminada sugere que a cozinha seja bem arejada e organizada. “Indico bancada e piso pretos para que se torne obrigatória a limpeza constante”, completa. É importante também explorar a iluminação natural e deixar o sol entrar, sinalizando que um novo dia está começando.


Repouso da tarde

O living depois do almoço combina com relaxamento em poltronas ou sofás bem aconchegantes. O ambiente é propício para a leitura e para assistir a filmes, além de ouvir música. “A canção preenche o espaço e tem um aspecto vibracional importante para a vida. A natureza tem som”, observa Sil Berti. Ela recomenda, ainda, materiais naturais em tapetes, almofadas e no piso. As plantas naturais são sempre bem-vindas: “Elas controlam a qualidade do ar e a umidade, eliminam toxinas e deixam o ambiente bonito e refrescante”, ressalta Sil.

De acordo com a professora coordenadora do Laboratório de Psicologia Ambiental da UFSC, Ariane Kuhnen, lugares restauradores são aqueles que oferecem sensação de bem-estar, diminuindo a atividade cardíaca. “Em sua maioria, são ambientes ao ar livre ou planejados que oferecem contato com plantas, animais, sons e odores agradáveis”, aponta. Móveis que podem ser remanejados de acordo com a necessidade são boas opções de organização do living, além de cortinas para o caso de esconder uma vista ruim.


Jantar em família

O dia vai chegando ao fim e o momento é de reduzir o ritmo. Pratos leves e chás relaxantes ajudam o corpo a se aquietar. Além disso, a hora do jantar, em muitos casos, é quando os familiares ou amigos podem estar juntos para a refeição.

A mesa redonda ou quadrada – e não retangular, por conta das diferentes medidas dos lados – coloca todos em condições iguais para o diálogo. A iluminação do ambiente pode ser suave. “Eu sugiro uma luz focada sobre a mesa”, diz Ricardo Caminada. Outra opção é usar castiçais, o que confere uma atmosfera tranquila e toda especial para o encontro do jantar. Cadeiras confortáveis e aparador para apoiar o serviço também funcionam bem. Sil Berti recomenda ter um quartzo rosa no centro da mesa: “Ele tem a energia do amor e, quando a família se encontra, essa vibração é importante”, frisa. Para quem gosta, o momento pode ser propício a fazer uma oração.


Para uma boa noite

A madrugada é a hora do relaxamento total e, para isso, é importante “esvaziar” o quarto. Mantenha-o o mais clean possível e evite criados-mudos abarrotados de objetos. Afaste aparelhos eletrônicos da cama, como celulares, rádios-relógios, computadores e televisão, pois emitem ondas que podem prejudicar o repouso.

Tons pastel em paredes e colchas contribuem para o relaxamento, embora as cores sejam elementos bastante particulares. “Um tom vibrante pode ser relaxante para mim e perturbador para outra pessoa”, exemplifica Caminada. Ele aposta em cortinas para diminuir o barulho externo e a luminosidade e em um confortável tapete para reduzir o eco.

Em todas as interferências que fazemos nos ambientes, entretanto, é bom estar atento ao que de fato nos agrada. “A casa muitas vezes é restauradora pelas características de ser um lar, mas nem sempre é assim. Algumas não têm identidade com os moradores, são reproduções que, às vezes, não se aplicam ao seu modo de vida. A casa deve mostrar quem são as pessoas que ali vivem”, ressalta a psicóloga Ariane Kuhnen.

Uma cozinha com inspiração Africana

decoracao cozinha africana Decoração de Cozinha Africana

Está cada vez mais na moda o recurso à decoração exótica de África para decorar zonas da sua casa, incluindo a decoração da sua cozinha. Não só porque a decoração de África recorre a muitos elementos exóticos, bastante apreciados pela maioria das pessoas, como pela própria adoração que algumas pessoas têm a produtos africanos.

Não é muito comum a utilização de objetos de decoração para a cozinha, no entanto é cada vez mais frequente que essa utilização seja maior, até porque este tipo de cozinhas assim o exige. Essa utilização deve-se também ao facto de cada vez mais as pessoas utilizarem o seu espaço de arrumação para a libertação de espaço nas bancadas da cozinha, dispondo assim de um enorme espaço livre que pode ser usado para colocar esses objetos que estão ligados à cultura africana, como os elefantes da sorte, os detalhes com cores vivas (amarelo, verde, vermelho, etc.) ou mesmo as estátuas em madeira bastante comuns.

A utilização deste tipo de objetos na sua cozinha vai garantir-lhe uma decoração bastante fora do comum, deixando assim as suas visitas bastante impressionadas e com vontade de mudar toda a decoração da sua própria cozinha.

Geralmente a decoração africana combina os tons pastéis (vários tons de castanho), com as cores berrantes e vivas presentes nas culturas africanas (como os vários tons de verdes, vermelhos e amarelos). Esse tipo de combinações garante-lhe uma cozinha bastante fora do comum, que geralmente têm como cores principais os brancos e pretos. É também bastante comum a utilização de móveis de vime para toda a sua zona de arrumações, dando assim um ar de “segurança total” ao tipo de mobiliário utilizado.

Como é comum, a decoração da sua cozinha deve seguir os seus próprios gostos, mesmo que tenha algumas linhas da cultura africana, é importante que siga os seus gostos pessoais. Lembre-se que vai passar imenso tempo na sua cozinha a preparar as suas refeições, por isso é imprescindível que se sinta bem dentro da mesma.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Como usar revestimentos de paredes para renovar a casa sem cair no óbvio

Existem muitas opções de acabamento para renovar sua casa. O cuidado é não se render a modismos e lembrar que um quadro sobre uma parede branca pode ser a melhor solução


Num ambiente sem graça, aplicar textura e cor em uma parede tem sido um recurso comum para dar aquela melhorada na decoração. Em especial no que diz respeito a massas e revestimentos texturizados, a indústria desenvolveu uma infinidade de alternativas de fácil aplicação e ótima qualidade, tornando a opção irresistível para renovar a casa. Nada mais terrível! Se usados de maneira indiscriminada e sem critério, esses produtos podem resultar em um atentado ao bom gosto e à estética.

Se você quer deixar sua sala mais interessante, existem alternativas que podem ser mais adequadas e proporcionar igualmente um bom acabamento. Em certos casos, fugir da textura é fugir do óbvio e do brega. Se você não quer se render à solução fácil e arriscar a cafonice, leia com atenção as dicas abaixo.

• Muita gente ainda mistura diferentes tipos de textura, cores e estampas e transforma a casa em um showroom de material de construções. Uma boa tela pode dar um efeito muito melhor e custar o mesmo preço. Invista em arte!

• Cores na parede podem ser uma alternativa mais interessante. Não tenha medo de ousar. Particularmente, gosto de preto, grafites, azuis e verdes escuros. Evite variações de amarelo e verde claros nas paredes.

• Painéis de madeira estão em alta e dão um acabamento muito chique. Adoro ripados de freijó, que custam caro, mas enobrecem qualquer ambiente. Se o dinheiro está curto, uma alternativa é um painel de folhas lisas, executado por um bom marceneiro. As melhores folhas são as naturais, é claro. Cuidado com as sintéticas, que dão um aspecto barato a sua casa.

• Papéis de parede também estão na moda. Mas atenção ao local onde serão aplicados. Quanto maior a superfície do papel de parede, melhor ele fica em um ambiente. Evite “enfeitar” pequenos corredores e paredinhas de hall com papéis estampados. Prefira revestir todas as paredes de um hall em vez de uma parte apenas. Estampas floridas muito marcadas ou geométricas muito psicodélicas cansam qualquer pessoa. Não gaste seu dinheiro com artefatos que vão enjoar rapidamente.

• Existem papéis de parede texturizados muito interessantes. Alguns são aveludados e outros imitam areia jateada. Dão um efeito incrível!

• Azulejos coloridos e geométricos são bons revestimentos para cozinhas e halls. Mais uma vez, cuidado com excessos. Ladrilhos enfeitados ficam mais bonitos no piso que nas paredes. E evite cores muito fortes.

• Não gosto de paredes de tijolos falsos, construídas apenas com objetivo estético. Mas se você tem uma casa ou apartamento antigo, com belos tijolos, e quer deixá-los à vista, sem problemas! Peça ao pedreiro para remover a massa com cuidado e dar um pequena lixadas nas paredes. Uma resina fosca protege os tijolos e ainda dá um bom acabamento. No caso de ambientes mais limpos e monocromáticos, uma massa bem fininha para diminuir irregularidades também funciona. E basta uma demão de tinta branca para ter o efeito de loft dentro de casa.

• Ter uma casa bacana e bem decorada não significa usar revestimentos que estão nas revistas. Vejo muitos clientes cheios de boas referências, garimpadas inclusive em blogs e revistas estrangeiras. Mas boa parte delas não funciona dentro de casa. É preciso ir devagar para não estragar o projeto. Prefiro gastar meu dinheiro procurando móveis e peças simpáticas a revestir as paredes de casa com elementos de gosto duvidoso e cansativos.


México constrói cidade feita de contêineres

Trabalho feito por designer gráfico mexicano

virou atração turística no país

Por Casa e Jardim Online


Já imaginou conhecer uma cidade feita de contêineres? Pois bem, ela existe e hoje se tornou uma das atrações turísticas da cidade de Cholula, no estado de Puebla, no México. Idealizada pelo designer gráfico mexicano Gabriel Esper Caram, a Container City possui cinco mil metros quadrados de área urbana, onde 50 estruturas de metal de navios velhos estão instaladas. Lojas, livrarias, bares, restaurantes, escritórios, padarias, cafés fazem parte desse ambiente tão diferente. Outro destaque da estrutura é presença da rede Wi-Fi, ideal para quem pretende ficar conectado à internet. A cidade container fica a apenas duas horas da Cidade do México, capital do país, e funciona de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 20h00, e aos domingos, das 11h00 às 18h00. Confira as imagens.





quarta-feira, 16 de março de 2011

Fios em extinção

Mauricio Svartman 16 de março de 2011

A Panasonic agora deu para fabricar mesas. Você, leitor esperto, sabe que mesa não é exatamente um gadget, então alguma inovação tem aí: o singelo móvel da empresa japonesa, anunciado na Tokyo Security Show 2011, é uma estação de transmissão de energia sem fio com um painel solar.

Simplificando: quando seu gadget compatível com o padrão Qi (o padrão universal para carregadores sem fio, criado em 2009) estiver sem bateria, basta colocá-lo em cima da mesa e o bichinho carrega automaticamente.

O conceito deve chegar aos mercados japoneses no início de 2012 e, claro, não estará ace$$ível para nós, reles mortais (se você estiver me lendo, Eike Batista, desconsidere a mensagem). Mas é mais um passo em direção a um mundo sem fios, o que é sempre bom.

Dicas para ter um quarto mais acolhedor

Para quem tem um dia a dia corrido, chegar à noite em um quarto relaxante é um alento. A começar pela circulação, os profissionais lançam mão de recursos preciosos. Veja os principais pontos de um projeto e depois confira nove ambiente apaixonantes.


Reportagem Visual Aldi Flosi, Araci Queiroz, Isabella Mendonça e Juliana Hamacek
Texto Silvia Gomez
Ilustrações Carlos Campoy

Circulação livre:


“Muita gente não considera o layout do quarto algo importante. Às vezes, não se sente à vontade no ambiente e nem sabe por quê”, diz a arquiteta Marcia Monteiro. Uma das razões pode ser a circulação. “Deve-se pensar em um mobiliário que proporcione livre movimentação”, afirma o arquiteto João Armentano. Também para o designer de interiores Roberto Negrete, essa é uma das primeiras preocupações. “Assim como o banheiro, o quarto é o lugar onde estamos mais desprotegidos. Não dá para viver tropeçando”, lembra. Entre a cama e a parede, o ideal é deixar a largura mínima de 70 cm.



- Criado-mudo sob medida
Além de dimensionado para preservar a boa circulação nas laterais, o criado-mudo ideal é aquele pensado sob medida para suas necessidades: se você deixa o celular carregando, se precisa de uma moringa ou de espaço para os livros... Quando a área é enxuta, há saídas, como fixar a luminária de leitura na parede, o que libera centímetros sobre a mesinha.

- Colchão e travesseiros
Um colchão firme que sustente a curvatura do corpo é a principal promessa de descanso. A indústria ampliou a oferta de recheios e revestimentos de modo a atender a diferentes necessidades. Por isso, na hora de comprar, a recomendação é experimentar. “Há desde os básicos de espuma e de mola aos mais sofisticados, feitos de látex ou viscoelástico”, conta Cristina Silva Costa, gerente da Copel. Se optar por um modelo de espuma, lembre-se de consultar a tabela de adequação de peso e altura. Por sua vez, o leque de travesseiros também é vasto, com modelos de penas, plumas, viscoelástico, fi bras de poliéster, látex e espuma. Para escolher, leve em conta a posição em que você dorme.


- TV e computador
Para muitos, a TV é um item essencial de lazer e comodidade no quarto. Se a área permite, os profissionais chegam a criar uma saleta. Caso contrário, ela é colocada à frente da cama, embutida em um painel que esconde a fiação. Esse móvel também pode ter um desenho multiúso, incluindo uma bancada para o computador. Porém, para quem tem difi culdade de pegar no sono, o ideal é não ter eletrônicos ligados por perto. “Você pode ter TV, mas desligue-a da tomada quando for dormir. O campo eletromagnético a menos de 3 m estimula o cérebro”, afirma Sergio Areias, vice-presidente da Associação Brasileira de Radiestesia e Radiônica.



- Parede de cabeceira
Revestir a parede de cabeceira com papel, tecido ou palha é um hit entre os profissionais. Para incrementar a sensação de abraço, o projeto inclui um painel estofado de couro, camurça, linho, seda e até veludo. “Costumo indicar tecidos que sejam fáceis de manter e não acumulem gordura, como a camurça sintética impermeabilizada”, diz Marcia Monteiro.

- Cores suaves
Tons neutros e suaves, como cinzas e beges, são a escolha para uma atmosfera de descanso. Mas, se seu gosto pessoal pede algo mais animado, não precisa desistir. “Se quiser usar o vermelho, prefira uma parede que não seja vista o tempo todo”, recomenda Roberto Negrete.



- Iluminação quente
A iluminação planejada e quente (nunca luz fria e direta) é unanimidade entre os profissionais. “Ter acesso fácil na cabeceira aos diferentes comandos é fundamental”, afirma a arquiteta Zize Zink. Além do interruptor da luz geral, os arquitetos combinam abajures que fornecem iluminação indireta com uma luz pontual de leitura, em geral luminárias de led ou xenon. Balizadores que sinalizam o ambiente sem incomodar o parceiro também são bem-vindos.

- Bem-estar nos detalhes
Dormir em lençóis macios de algodão e pisar em um tapete felpudo ao sair da cama são mimos que ajudam a começar bem o dia. “Gosto de carpete ou madeira no chão, e nunca um piso frio”, diz Negrete. Ter à mão uma bandeja com água ou um mancebo para dispor a roupa também é um conforto. “Além, é claro, do luxo do silêncio e da privacidade”, lembra Zize Zink.



Segredos de um cinco estrelas
Num hotel de luxo, o objetivo do projeto é cativar o cliente pelo conforto. “Hoje, as pessoas querem que a experiência da viagem comece no hotel”, diz Patricia Anastassiadis, responsável pela reforma do Tivoli São Paulo Mofarrej. Alguns recursos que ela usou nesse hotel:

- Em suítes maiores, descolo a cama da parede, voltada para a janela. Atrás dela, crio uma mureta que embute luminárias e apoia uma bancada. A TV fica à frente, vista de qualquer ângulo. Isso cria uma distribuição solta e multiúso.
- Recursos de luz lateral na cama, com abajur e luminária de led, além de dimerização.
- Na cama king size (2 x 2 m), lençóis brancos com mais de 300 fios e quatro travesseiros de densidades diferentes.
- O carpete no piso favorece a acústica e acolhe os pés. Cores relaxantes e claras, que remetam à limpeza.
- Na cabeceira, o couro sintético é fácil de limpar, assim como o revestimento vinílico nas paredes.

terça-feira, 15 de março de 2011

Existem sistemas eólicos de energia para uso residencial?


















A energia eólica, obtida dos ventos, é uma das principais fontes de energia limpa. Geradores residenciais ainda são pouco utilizados, mas a solução deve ganhar força nesta nova década.

Por garantirem o estilo de vida contemporâneo sem agravar a poluição e o aquecimento global, as energias alternativas despertam cada vez mais interesse. Ambientalmente responsável, o uso de fontes “limpas” de energia ainda permite economizar com a conta de luz todo mês, o que as torna ainda mais desejáveis.

A energia eólica, proveniente dos ventos, é uma das principais soluções para a obtenção de uma energia limpa, criada sem detritos ou consequências negativas para nosso meio ambiente. A vista das vastas "fazendas", formadas por inúmeros geradores eólicos, parecidos com gigantes moinhos de vento, já é familiar em algumas partes do país, como no nordeste onde realizam a captação pública de energia.

Mas é possível ter geradores de menor porte, para abastecer apenas uma família? Geradores eólicos residenciais ainda são pouco utilizados no país, mas há muitos que apostam que essa solução ganhará muita força nesta nova década.

Há poucos pontos contra os geradores eólicos residenciais. O primeiro deles seria o ruído que as pás podem causar, incomodando o proprietário e vizinhos. No entanto a verdade é que os geradores contemporâneos trabalham com a aerodinâmica de tal forma que o ruído foi muito diminuído, tornando essa questão realmente secundária.

Outro problema é a rotação das pás atrair passarinhos e morcegos, causando dano ambiental. Estudos demonstram, no entanto, que o uso de cores mais fortes nas pás contrabalança esse problema.

Como funciona um gerador eólico?

Um gerador eólico é uma maquina formada basicamente pela união de três partes: o rotor, ogerador e a torre.

O rotor é composto pela união das pás, o eixo e demais engrenagens que em conjunto transmitem a energia do vento para o gerador. Essa "captação" ocorre pelo movimento de rotação das pás. Naturalmente, o desenho aerodinâmico e a quantidade de pás variam muito e são fundamentais para o bom desempenho do sistema.

O gerador é um equipamento que converte a energia mecânica em elétrica. Essa energia pode ser utilizada para substituir a energia proveniente da rede (como em um caso residencial) ou carregar baterias, ativar bombas de água e outros equipamentos.

A torre é a sustentação dos equipamentos descritos acima. Sua altura tem a ver com a arquitetura do sistema como um todo. Quanto mais alto, maior a tendência de vento. A altura está relacionada também com as dimensões das pás, da capacidade do gerador e assim por diante. A torre é a estruturação de todo o conjunto e, portanto, é muito importante para prevenir possíveis acidentes e manter tudo funcionando corretamente. Seu cálculo estrutural não depende apenas da altura, mas sim da força horizontal dos ventos, e das vibrações que as pás podem causar.

Como instalar um gerador eólico em minha residência?

Existe até quem consiga montar um gerador eólico doméstico a partir de manuais do tipo faça-você-mesmo disponíveis na internet. Entretanto, se você está de fato comprometido com a instalação de um sistema de energia alternativa em sua residência, sugerimos fortemente que procure uma empresa especializada no assunto, que vai ajudá-lo a verificar desde qual é o gerador mais adequado a seu caso até a primeira conta de luz.

Em termos gerais, o primeiro passo é uma avaliação da quantidade de vento existente na região onde fica sua casa. As regiões brasileiras litorâneas, em especial no norte e nordeste, por exemplo, possuem um excelente potencial de ventos.

Após a constatação de que há vento suficiente em sua região, a topografia deve ser considerada: no caso de zonas urbanas, os prédios e o relevo urbano podem ser inconvenientes para a captação da energia eólica. Esse fator deve ser sempre levado em conta. No caso de prédios, entretanto, um gerador eólico localizado na cobertura pode alimentar diversos apartamentos.

Uma vez que essas premissas básicas estejam cumpridas, o interessado deve verificar qual modelo de gerador seria mais adequado para sua residência, em função das dimensões, disponibilidade de ventos e desembolso de investimento desejado. Caso o seu gerador não seja capaz de suprir toda sua energia, mas apenas parte dela, consulte seu projetista de elétrica para verificar quais circuitos seriam alimentados pelo gerador eólico.

No caso da falta de vento, a energia da rede entra em ação e supre a demanda -portanto não entenda o gerador eólico como um total desligamento da rede pública, mas sim uma diminuição no consumo do sistema convencional.

Faça pesquisa com diversas empresas e procure o modelo mais adequado para sua construção e seu modo de vida. Quanto mais pessoas começarem a comprar e instalar esse tipo de equipamento, maior a concorrência entre empresas e assim o preço do sistema tende a baixar. A natureza agradece!

Rodrigo Marcondes Ferraz

Fernando Forte e Rodrigo Marcondes Ferraz são arquitetos formados pela FAU-USP e sócios do escritório Forte Gimenes Marcondes Ferraz (www.fgmf.com.br)

Projetos arquitetônicos ainda mais valorizados; Pé-direito alto ou duplo realça os projetos.

















Diana Leiko

dmiura@jornaldacomunidade.com.br Redação Comunidade VIP


Pé-direito é uma expressão muito utilizada em arquitetura, engenharia e em construções em geral, e que indica a distância do pavimento ao teto. “O uso de pé-direito alto ou duplo é simplesmente uma questão de escolha do partido arquitetônico. Não diria que existem vantagens, mas podemos dizer que o uso de pés-direitos maiores trazem ao ambiente nobreza e uma gostosa sensação de liberdade”, afirma a arquiteta Fabiane Bello.

Ela esclarece que pé-direito alto e pé-direito duplo não são a mesma coisa. “Embora todo pé-direito duplo seja um pé-direito alto, nem todo pé-direito alto é um pé-direito duplo. Dizemos que um ambiente tem pé-direito alto quando a distância do piso ao teto é superior àquelas adotadas normalmente, que variam de 2,5 a 3 metros. Um ambiente possui pé-direito duplo, quando o teto está na mesma altura do teto do pavimento superior a ele, ou seja, a distância do piso ao teto equivale a altura de dois pavimentos, dimensões que chegam a 5 ou 6 metros de altura”, orienta. Ainda de acordo com ela, a manutenção de luminárias embutidas, cortinas e persianas fica um pouco complicada com a altura do teto, portanto, o recomendável é que o pé-direito duplo seja restrito a poucos ambientes como sala de estar, jantar e varanda.

“O pé-direito alto deixa o ambiente mais sofisticado, mais imponente e pode ficar mais aconchegante fazendo uso de revestimentos mais quentes nas paredes e com mobiliário adequado”, opina a arquiteta Sabrina Estrella. Ela diz que se a ideia é causar impacto, o pé-direito deve ter altura mínima de 4,5 metros. “A indicação do pé-direito deve ser feita no início do projeto. Você pode sim usar o pé-direito alto em todo projeto ou só em alguma área, como hall de entrada , sala de estar e jantar”, conta.

Fabiane Bello lembra que cada caso é um caso. “Cada projeto é um projeto único. Em projetos de residências unifamiliares, o recomendável é que o pé-direito seja de no mínimo 2,8 metros. Com a instalação do forro em gesso , este pé-direito cairá para 2,6 metros. No caso de salas de estar, jantar e varanda, o pé-direito duplo é muito bem-vindo, pois garante elegância ao ambiente”. E acrescenta: “O aconchego dos ambientes é determinado pela escolha dos materiais de acabamento do piso e parede, dos móveis e complementos decorativos. Cortinas e tons amadeirados são alguns dos artifícios para conferir este aconchego a ambientes amplos”, destaca.

Para Mariana Sabino, o tamanho do pé-direito nunca deve ser inferior a 2,30 metros. “O ideal é que ele tenha de 2,80 a 3 metros, pois assim podemos trabalhar com rebaixos de gesso para iluminação embutida, além de esconder as instalações de água, esgoto, elétrica e ar-condicionado por dentro do forro sem comprometer o pé-direito do ambiente”, frisa.

Quanto ao pé-direito ser alto ou duplo, ela afirma: “Nos dois casos a vantagem estética é grande. Quanto mais alto, melhor e mais bonito. A vantagem do pé direito duplo é que podemos construir mezaninos e aproveitar a área ‘livre’ com outro ambiente. Já o pé-direito alto tem a vantagem de se poder trabalhar com forro criando uma iluminação diferenciada, além de deixar as instalações acima dele escondidas”, conclui a arquiteta.

Arquitetos famosos como Frank Lloyd Wright destacaram profundamente a aplicação desse recurso. O Museu de Guggenheim de Nova York, por exemplo, projetado por Wright tem um pé-direito total esplendoroso. Oscar Niemeyer é outro mestre que sempre gostou dos pés-direitos monumentais bastante destacados em sua obra, como é o caso do Museu da República em Brasília, e em muitos outros projetos, como o do edifício Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, onde o recurso arquitetônico foi concebido com 9 metros de altura e solidificado pelos notórios pilotis de Niemeyer.