sexta-feira, 15 de abril de 2011

Milão com a forma do século 21

No Salão Satélite, jovens designers preocupados com sustentabilidade e aproveitamento

Juliana Bianchi, de Milão


Com menos peças conceituais e mais pé no chão, a edição que marca os 50 anos do Salão Internacional do Móvel de Milão mostrou que a indústria moveleira e os designers estrelados resolveram voltar-se mais ao consumidor comum, que, já acostumado com uma estética mais elaborada, quer ter peças com bom design, mas que não o obrigue a ter uma casa-galeria.






Sofás, mesas e cadeiras chegam em peso com linhas simples, limpas e elegantes, nas quais o acabamento e a escolha dos materiais se ressaltam.

Peças que chamam para um descanso aconchegante – ainda que muitas vezes fique apenas na promessa, com a larga utilização do policarbonato moldado como um macio matelassê, como no clássico banco Belle Étoile, de Andrée Putman, na versão Serralunga – com grande apelo ao trabalho artesanal, que aparece em versão pós-moderna com a substituição de materiais rústicos e naturais (linha, lã, algodão), por fios de polietileno.


Cadeiras e mesas unidas em uma só peça na Super Babel, de Marcel Wanders para XO

Cadeiras e mesas unidas em uma só peça na Super Babel, de Marcel Wanders para XO


Moon chair: mais uma peça com traços simples e impactante do designer Tokujin Yoshioka, para a Moroso

Moon chair: mais uma peça com traços simples e impactante do designer Tokujin Yoshioka, para a Moroso


O clássico banco Belle Etoile, de Andrèe Putman, ganha assento em plástico moldado na versão da Serralunga

O clássico banco Belle Etoile, de Andrèe Putman, ganha assento em plástico moldado na versão da Serralunga.


Feita com resina plástica injetada, a Impossible Chair surpreende. Criação de Doshi Levien para Morosos

Feita com resina plástica injetada, a Impossible Chair surpreende. Criação de Doshi Levien para Morosos


Cadeira feita com jeans descartados por Tobias Juretzek para Casamania

Cadeira feita com jeans descartados por Tobias Juretzek para Casamania


Estante Robox, de Fabio Novembre para Casamania
Estante Robox, de Fabio Novembre para Casamania


A delicadeza da filigrana recortada na capa de couro do pufe Ottoman, de Elena Manferdini para Moroso

A delicadeza da filigrana recortada na capa de couro do pufe Ottoman, de Elena Manferdini para Moroso


Sucesso no ano passado, a poltrona Nemo, de Fabio Novembre, ganha cores na Driade

Sucesso no ano passado, a poltrona Nemo, de Fabio Novembre, ganha cores na Driade


Poltrona Pavoreal, de Patricia Urquiola para a Driade

Poltrona Pavoreal, de Patricia Urquiola para a Driade


Armário da linha Paesaggi Italiana, feito por Francesco Binfarè e Massimo Morozzi para a Edra. Folhas de madeira tratadas

Armário da linha Paesaggi Italiana, feito por Francesco Binfarè e Massimo Morozzi para a Edra. Folhas de madeira tratadas


Outro sucesso de 2010, a poltrona Comback, de Patricia Urquiola, ganha diferentes cores e pés. Detalhe para o pé de madeira, inédito na Kartell

Outro sucesso de 2010, a poltrona Comback, de Patricia Urquiola, ganha diferentes cores e pés. Detalhe para o pé de madeira, inédito na Kartell


A extensão em acrílico transparente da mesa Oyster leva uma sensação de água para casa. Criação de Mario Bellini para Kartell


A extensão em acrílico transparente da mesa Oyster leva uma sensação de água para casa. Criação de Mario Bellini para Kartell


Artesanato em escala industrial no conjunto Buttondown, de Edward Van Viliet, para Moroso

Artesanato em escala industrial no conjunto Buttondown, de Edward Van Viliet, para Moroso


Chaise Big Knit, de Patricia Urquiola para a Moroso




Chaise Big Knit, de Patricia Urquiola para a Moroso


Mais uma ousadia com características artesanais da Moroso na cadeira Stitched, de Tord Boontje

Mais uma ousadia com características artesanais da Moroso na cadeira Stitched, de Tord Boontje


Luminária Sky, da Skitch

Luminária Sky, da Skitch


Suave balanço na cadeira Tip Ton de Edward Barber & Jay Osgerby, para a Vitra

Suave balanço na cadeira Tip Ton de Edward Barber & Jay Osgerby, para a Vitra


Conforto cuidadosamente estudado na poltrona Chubby, da Moroso para a Diesel

Conforto cuidadosamente estudado na poltrona Chubby, da Moroso para a Diesel


Em forma de rosa, a luminária Baby Love, da My Your, também pode ser usada no chão

Em forma de rosa, a luminária Baby Love, da My Your, também pode ser usada no chão


Cadeira Spook, em feltro moldado, do alemão Iskos para a Bla Station

Cadeira Spook, em feltro moldado, do alemão Iskos para a Bla Station


A elegância e delicadeza da cadeira Strip, criada por Fabio Novembre para a Casamania

A elegância e delicadeza da cadeira Strip, criada por Fabio Novembre para a Casamania


Poltrona Lou Read, uma brincadeira em moldura de resina de vidro e couro de Philippe Starck para a Driade

Poltrona Lou Read, uma brincadeira em moldura de resina de vidro e couro de Philippe Starck para a Driade


Poltrona Grinza, dos irmãos Campana para Edra

Poltrona Grinza, dos irmãos Campana para Edra


Poltrona Grinza, dos irmãos Campana para Edra

Poltrona Grinza, dos irmãos Campana para Edra


Versão amplificada da estante em forma de oca lançada em 2010, pela Edra. Criação dos irmãos Campana

Versão amplificada da estante em forma de oca lançada em 2010, pela Edra. Criação dos irmãos Campana


Em material translúcido colorido, a poltrona Alice, de Jacopo Foggini, para a Edra, leva um toque de conto de fadas para casa

Em material translúcido colorido, a poltrona Alice, de Jacopo Foggini, para a Edra, leva um toque de conto de fadas para casa


Diversão na floreira em forma de pimenta Good Luck, de Simone Micheli para a Casamania

Diversão na floreira em forma de pimenta Good Luck, de Simone Micheli para a Casamania


A delicadeza e simplicidade da luminária Taj, de Ferrucio Laviani para a Kartel

A delicadeza e simplicidade da luminária Taj, de Ferrucio Laviani para a Kartel


A troca não deixa de esmaecer um pouco a memória afetiva que o visual da peça traz, mas também agrega maior durabilidade e a possibilidade de utilização em áreas externas. Nesse caso, pontos para a chaise Big Knit, de Patrícia Urquiola, para a Moroso.


Imperfeições cuidadosamente trabalhadas para dar um ar de usado e “amigável” também marcaram forte presença. Destaque para o trabalho dos brasileiros Campana (com a poltrona em couro Grinza para a Edra) e para as poltronas Chubby (Moroso para a grife Diesel) e Spook, do designer alemão Ikos para a Bla Stations, feita em feltro moldado – material que também reapareceu em cadeiras e sofás de diversas marcas.

A tentativa de trazer a natureza para dentro de casa não se limitou à utilização de materiais como madeira e algodão e serviu de inspiração para peças delicadas e muitas vezes divertidas, como a luminária Sky, da Skitch, o armário Paesaggi Italiana, de Massimo Morozzi e Francesco Binfaré, para a Edra, e a mesa Oyster, de Mario Bellini para a Kartell.

Levar alegria e cor para a casa foi outro tema bem trabalhado - como no Robox, de Fabio Novembre para Casamania -, em contraponto com a suavidade e leveza visual de peças marcadas pelo elegante trabalho com o vazio a partir de estruturas mínimas – a ver o sofá Clubland, de Peter Emrys-Robets para a Driade.


Fonte: http://delas.ig.com.br

Muito além do spray - Grafitagem já é mesmo uma tendêcia forte na Decoração

O grafite do artista Loro Verz nunca foi um ato de contestação.

Reportagem: Cristina Bava
Fotos: Nicole Fialdini

Loro Verz não tem cara de rebelde nem gosta de viver perigosamente. Sua arte - que começou nas ruas de Londres há dez anos - nunca foi um ato de contestação. "O grafite surgiu para desafiar a ordem, mas hoje é visto de outra maneira", afirma. Formado pela universidade britânica Central Saint Martins, gosta de citar o mestre Sweet Tooth. "Além de acadêmico, Sweet é um grande grafiteiro. Com ele, aprendi a não me prender a rótulos." De volta ao Brasil, em 2004, Loro viu a carreira decolar em São Paulo: sua primeira exposição aconteceu na Grafiteria. Com um desenho para o Bar B, foi convidado a grafitar os apartamentos da construtora Max Haus. "Faço, além de grafite, cartum e caricaturas. Não importa o nome, meu desenho é uma expressão em diálogo com a cidade." As obras de Loro Verz são encontradas na Arterix e também em seu ateliê. Tel. (11) 7292-4562, São Paulo, www.loroverz.com.

Loro Verz adora transitar entre as possibilidades de criação. Já levou seus traços não apenas para museus e galerias mas também para as paredes de residências. Sob a escada, uma placa de MDF surge como outro suporte.
Loro Verz adora transitar entre as possibilidades de criação. Já levou seus traços não apenas para museus e galerias mas também para as paredes de residências. Sob a escada, uma placa de MDF surge como outro suporte.

Este trabalho, sem título, foi feito para a construtora Max Haus.
Este trabalho, sem título, foi feito para a construtora Max Haus.

A obra A Moça dos Pés Servidos colore o hall de um apartamento em São Paulo. Seus trabalhos custam a partir de 1,9 mil reais o m².
A obra A Moça dos Pés Servidos colore o hall de um apartamento em São Paulo. Seus trabalhos custam a partir de 1,9 mil reais o m².